16 de abr. de 2009


Esperamos e percorremos um longo caminho para encontrar uma pessoa que seja compatível com nossos gostos e costumes. Essa pessoa invade nossa vida cobrindo todos os espaços escuros, todas as brechas dos antigos amores, realizando aquela antiga vontade de ter alguém pra amar, pra te fazer carinho, pra chorar. Entra comandando tudo, se sentindo dono do coração, sentando na cabeçeira da mesa, pegando o melhor travesseiro e mudando tudo pouco a pouco. Reclamar da mudança? Pra que! Tá ótimo assim, com alguem pra mostrar presença. Músicas que antes odiávamos, cheiro que fica no travesseiro, comidas, carinhos que foram feitos durante conversas, beijos que não foram dados em público, filmes chatos só pra ficar pertinho comendo pipoca, futebol terça e quinta pra ver aquele gol sendo dedicado, a tão odiada televisão,  praia e sol de sábado de manhã, viagens pra encontrar quem está distante, durmir no quarto quente atarde, pizza de final de semana, escrever na mão, frio juntinhos, família...
O tempo passa, as coisas mudam, começam os problemas. Grandes pra um, resolvíveis pro outro, inicia-se o caos. Um quer, o outro não mais, um não aguenta, diz que não dá, cede, prende, cança, exige, grita, chora.
E aquele amor, onde fica no meio disso tudo? Talves no coração de um, ou em ambos, só não se sabe o que fazer com ele depois que tudo isso acabar. Se é que tem mesmo que acabar. Só se sabe que a velha frase "Eterno Enquanto Dure" não é suficiente pra suprir o vazio, o escuro e as novas brechas de alguém que novamente está esperando. 
Esperando pelo que mesmo?  


Vou preferir continuar esperando...
Pelo menos um pouco!



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